Porcentagem de Imóveis Superfaturados no Mercado Atual
Você já se perguntou se o valor de um imóvel anunciado está realmente dentro da realidade do mercado? Estudos recentes mostram que uma grande porcentagem de imóveis está superfaturada no Brasil, gerando riscos para compradores, investidores e até mesmo vendedores desinformados. Entenda agora por que isso acontece, quais os impactos e como identificar e evitar pagar mais do que o justo.
O que significa um imóvel estar superfaturado?
Um imóvel superfaturado é aquele cujo preço pedido está acima do valor de mercado real, sem justificativa técnica. Isso pode ocorrer por diversos motivos:
- Falta de avaliação profissional;
- Expectativas irreais dos proprietários;
- Imitação de preços de imóveis semelhantes sem considerar localização, conservação ou documentação;
- Corretores pouco experientes ou desatualizados;
- Tentativas deliberadas de inflar o preço para lucro rápido.
Qual a porcentagem de imóveis superfaturados no Brasil em 2025?
Pesquisas apontam que entre 30% e 45% dos imóveis anunciados nas principais plataformas estão com valores acima do mercado. Em regiões litorâneas e turísticas, esse número pode ultrapassar 50%.
Um levantamento da startup Loft e da plataforma QuintoAndar revelou que, em média, os imóveis anunciados em 2024 estavam de 18% a 32% acima do valor real de mercado. Em bairros nobres e regiões com pouca oferta, essa distorção chegou a mais de 40%.
Por que tantos imóveis estão com preços irreais?
Há diversos fatores que contribuem para esse cenário:
- Expectativa emocional do proprietário: muitos acreditam que seu imóvel “vale mais” por apego pessoal ou por reformas que não agregam valor comercial.
- Referência incorreta: comparações com imóveis com metragem, localização ou padrão construtivo diferentes.
- Ausência de avaliação técnica: proprietários e corretores não utilizam laudos profissionais baseados na NBR 14653.
- Pressão do mercado: imóveis próximos são anunciados com valores inflados, gerando um “efeito manada”.
- Crescimento artificial durante a pandemia: em algumas cidades, os preços subiram rapidamente, mas nem todos os imóveis acompanharam essa valorização real.
Quais são os riscos de comprar um imóvel superfaturado?
Comprar um imóvel acima do valor de mercado pode gerar prejuízos sérios, como:
- Perda imediata de patrimônio: o imóvel desvaloriza logo após a compra.
- Financiamento recusado ou menor: os bancos financiam com base no valor de mercado, não no valor pedido.
- Maior tempo para revenda: imóveis superfaturados levam mais tempo para vender.
- Problemas em inventários, separações e partilhas: avaliações erradas comprometem decisões judiciais e sucessórias.
Como saber se um imóvel está superfaturado?
A única forma confiável de saber se um imóvel está com preço justo é por meio de uma avaliação técnica profissional, que leva em conta:
- Análise comparativa com imóveis similares;
- Localização precisa e infraestrutura do entorno;
- Estado de conservação, padrão construtivo e idade;
- Condições de mercado atuais e variações inflacionárias;
- Normas da ABNT, especialmente a NBR 14653-2.
Estudo de caso: imóvel superfaturado em Itapoá (SC)
Em 2024, a Esatto Avaliações analisou um imóvel à venda em Itapoá, anunciado por R$ 900 mil. Após vistoria e análise comparativa de mercado, foi constatado que o valor justo seria R$ 680 mil — uma diferença de 24,4%. O proprietário decidiu ajustar o valor com base no laudo e vendeu em menos de 60 dias, sem prejuízos ou desgastes.
Como evitar cair em armadilhas de imóveis superfaturados?
Se você está comprando, vendendo ou até mesmo alugando um imóvel, siga estas recomendações:
- Solicite uma avaliação técnica independente;
- Desconfie de imóveis com valores muito fora da média local;
- Compare com imóveis similares em tamanho, padrão e localização;
- Considere os custos de manutenção, IPTU e regularidade documental;
- Verifique se o imóvel tem laudo técnico assinado por profissional qualificado (engenheiro ou corretor com CNAI).
Quais imóveis mais sofrem com superfaturamento?
- Imóveis de médio e alto padrão em áreas valorizadas;
- Lançamentos imobiliários com campanhas agressivas de marketing;
- Imóveis à beira-mar sem infraestrutura no entorno;
- Casas com reformas que não geram retorno no preço de venda.
Links úteis para aprofundar o tema
- NBR 14653-2 – Avaliação de Imóveis Urbanos (ABNT)
- Estudo de Mercado QuintoAndar 2024
- Esatto Avaliações – Imóveis Superfaturados e Valor Justo
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